25 de Junho – Dia Mundial do Vitiligo
O vitiligo é uma doença crônica caracterizada por manchas brancas devido à perda do pigmento natural da pele, a melanina.
Recentemente ganhou atenção na mídia pela participação de Natália Deodato, que tem vitiligo, no programa Big Brother Brasil. Além da Nat, outra celebridade que promove o diálogo sobre a condição é a super modelo canadense Winnie Harlow.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), mais de um milhão de brasileiros convivem com a doença, e para conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento, no dia 25 de junho foi instituído o Dia Mundial do Vitiligo.
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Causa:
“Não existe causa estabelecida para o vitiligo. Dentre as hipóteses estudadas, a mais aceita cientificamente é a da teoria autoimune, ou seja, o próprio corpo produz anticorpos (autoanticorpos) que agem inativando ou destruindo os melanócitos, que são as células responsáveis pela produção da melanina”, explica a dermatologista e professora Silvia Müller.
O que desencadeia o corpo a produzir esses anticorpos ainda não foi estabelecido pela ciência, porém, é sabido que contato com certos tipos de produtos químicos, exposição solar excessiva, atritos na pele (como roupas apertadas) e questões emocionais estão ligadas ao aparecimento da condição.
“ O estresse emocional (…) constitui um sério fator desencadeante e agravante do vitiligo, por isso é importante que o paciente esteja atento aos distúrbios psíquico-emocionais severos, mantenha hábitos alimentares saudáveis, que durma em média 7 a 8 horas por noite e evite traumas nas áreas afetadas”, explica a médica.
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Diagnóstico:
O diagnóstico é basicamente clínico e deve ser feito exclusivamente pelo dermatologista, que vai determinar o tipo de vitiligo, averiguar os fatores de risco e indicar a terapia mais adequada.
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Tratamento:
Antes de tudo, convém esclarecer que o vitiligo é uma doença benigna, cujos únicos efeitos são de ordem estética. Existem casos de regressão espontânea.
Caso opte por um tratamento, existem algumas opções, destacando-se os tratamentos tópicos com imunomoduladores e corticosteroides. Outra possibilidade são os tratamentos com luz, chamados de fototerapia.
Impacto no indivíduo e na sociedade:
“Os pacientes com vitiligo não costumam se queixar de sintomas físicos, além das manchas. É uma doença onde os sintomas psíquicos provocados pelo preconceito são os que mais preocupam.
O paciente precisa ter um acompanhamento médico e psicológico para não deixar as manchas virarem o centro da sua vida, prevenir novas lesões e garantir efeitos positivos nos resultados do tratamento. A família também é muito importante na superação da doença, principalmente na infância”, explica Caio Castro, médico dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
É importante salientar que o vitiligo não é contagioso.
Nossos textos sobre saúde são revisados pelo no médico parceiro Dr Alexandre Ghelman.