Transtorno Bipolar
A data é celebrada no dia do aniversário do pintor holandês Vincent Van Gogh, que foi diagnosticado, postumamente, como provável portador do transtorno.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o transtorno afetivo bipolar atinge atualmente cerca de 140 milhões de pessoas no mundo, cerca de 2% a 5% da população.
O transtorno bipolar (TB) é uma doença do cérebro que causa mudanças anormais de humor (episódios depressivos alternados com episódios de euforia) e nos níveis de energia e atividade, podendo afetar a capacidade de levar adiante tarefas do dia a dia.
Sintomas da fase de euforia:
Aceleração do pensamento e da fala;
Agitação e hiperatividade;
Diminuição da necessidade de sono;
Aumento da energia;
Diminuição da concentração;
Euforia ou irritabilidade;
Desinibição;
Impulsividade;
Ideias de grandiosidade.
Sintomas da fase de depressão:
Perda ou ganho de peso;
Humor deprimido na maior parte dos dias;
Fadiga ou perda de energia;
Apatia, perda de interesse ou prazer;
Pensamentos recorrentes de morte;
Retardo psicomotor;
Sentimento de culpa ou inutilidade;
Tendência ao isolamento social;
Ansiedade e irritabilidade.
Diagnóstico:
O diagnóstico do transtorno bipolar é clínico, baseado no levantamento da história e no relato dos sintomas pelo próprio paciente ou por um amigo ou familiar, e no geral, demora anos para ser concluído porque os sinais podem ser confundidos com outras de doenças.
Pessoas com transtorno bipolar são mais propensos a procurar ajuda quando estão deprimidos do que quando experimentando o estado de euforia. Portanto, uma anamnese médica cuidadosa é necessária para garantir que não seja erroneamente diagnosticado como depressão.
Tratamento:
O Transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado. O tratamento inclui o uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, tais como o fim do consumo de substâncias psicoativas, o desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação e sono e redução dos níveis de estresse.
Esse transtorno causa alto impacto na vida da pessoa e de seus familiares, podendo trazer significativo comprometimento dos aspectos sociais, ocupacionais e em outras áreas. O avanço dos medicamentos que tratam a doença diminuiu bastante o índice de hospitalizações fazendo com que o tratamento domiciliar, centrado no cuidado da família e dos amigos seja de suma importância no suporte ao paciente.
Nossos textos sobre saúde são revisados pelo no médico parceiro Dr Alexandre Ghelman.